Orquídeas: conheça as principais espécies e os cuidados básicos
As orquídeas são unanimidade quando o assunto é beleza e favoritismo, quase todo mundo deseja tê-las em casa. Um dos principais motivos para a sua popularização é a ampla variedade de tamanhos, formatos, colorações e aromas disponíveis.
Com uma aparência delicada, muitas pessoas acreditam que cultivá-las é uma tarefa difícil. Mas na verdade, com alguns cuidados básicos, você consegue ter lindas flores por muito tempo.
Para te ajudar nessa missão, separamos as principais dicas de cultivo para orquídeas e trouxemos algumas curiosidades sobre essa planta que conquista a atenção de todos. Continue a leitura e confira!
Orquídea – uma das plantas mais diversificadas do mundo
As orquídeas fazem parte de uma das maiores famílias de plantas que existem, a Orchidaceae. No mundo existem cerca de 50 mil espécies diferentes de orquídeas, desse montante, 20 mil são encontradas na natureza e as outras 30 mil foram desenvolvidas em laboratório, a partir do cruzamento entre espécies.
Elas estão presentes em todos os continentes, com exceção da Antártida. Aqui no Brasil, contamos com uma grande diversidade de orquídeas, Acredita-se que temos aproximadamente 3.500 espécies, encontradas principalmente na região amazônica.
Além de servirem como flores ornamentais, algumas espécies de orquídeas são utilizadas na culinária. A flor do gênero Vanilla, por exemplo, é responsável por produzir a baunilha, tempero muito comum em receitas. Já o caule da Cyrtopodium oferece um líquido que serve como cicatrizante natural.
As orquídeas são classificadas conforme sua adaptação na natureza. Dessa forma, temos a seguinte divisão:
Terrestres: crescem diretamente na terra, sendo a mais rara de encontrarmos.
Rupícolas: crescem nas fendas de rochas, onde existe acúmulo de umidade e matéria orgânica.
Epífitas: correspondem a 90% das espécies cultivadas e são aquelas que crescem sob troncos e galhos de árvores. É importante dizer que elas não roubam nenhum tipo de nutrientes das árvores, apenas utilizam os galhos como suporte. O desenvolvimento das plantas ocorre com a absorção dos nutrientes depositados nas folhas e materiais decompostos nas raízes.
Espécies mais comuns no Brasil
Com ampla variedade, é praticamente impossível conhecer todas as espécies de orquídeas. No entanto, separamos as mais comuns que podem ser facilmente encontradas em lojas de jardinagem ou até em supermercados. Escolha a sua preferida!
01. Phalaenopsis
As orquídeas do gênero Phalaenopsis são muito comuns no Brasil. Popularmente são conhecidas como orquídeas borboletas devido ao formato de suas flores, que se assemelha ao animal.
Geralmente, ela é cultivada em climas quentes, com temperatura acima de 17ºC. As cores variam entre branco, rosa e violeta, sendo essa última tonalidade a mais predominante.
02. Cattleya
O gênero da orquídea Cattleya também é muito popular no Brasil, tendo em vista que são nativas do continente americano e podem ser encontradas no México e em toda a América do Sul. Suas flores são conhecidas por serem grandes e terem um perfume característico.
Dentro desse gênero, temos diversas espécies, as mais comuns são:
Cattleya intermedia: pode ser encontrada desde o litoral do Rio Grande do Sul até o Rio de Janeiro. Suas flores estão disponíveis em diversas colorações, como roxo, branco e tons azulados.
Cattleya labiata: conhecida como rainha do sertão, é originária do nordeste brasileiro e apresenta grandes flores violetas.
Cattleya purpurata: essa espécie pode ser encontrada nas regiões Sul e Sudeste do país. É nacionalmente conhecida por suas flores brancas e púrpuras.
03. Dendrobium
O Dendrobium é um dos maiores gêneros de orquídeas, contando com mais de 1500 espécies. As orquídeas deste gênero se adaptaram muito bem ao Brasil por preferirem climas tropicais. As espécies mais comuns são:
Dendrobium nobile: são popularmente conhecidas como “olho de boneca” devido ao formato das suas flores. As pétalas externas possuem uma tonalidade lilás e branca, já as pétalas em volta do miolo são violetas.
Dendrobium chrysotoxum: chamam atenção por suas flores amarelas vibrantes que cobrem boa parte da extensão da planta.
Cuidados básicos com as orquídeas
Em primeiro lugar, é importante dizer que, ao comprar uma orquídea, você deve pesquisar qual o seu gênero e espécie, pois cada uma delas exige cuidados específicos com rega, luminosidade e adubação.
Entretanto, podemos dizer que de forma geral, são plantas fáceis de cuidar. A seguir separamos alguns cuidados básicos que se aplicam para a grande maioria das espécies.
01. Luminosidade
A luminosidade é fundamental para o cultivo de qualquer planta. Afinal, sem a radiação solar os vegetais não conseguem realizar o processo de fotossíntese.
Na natureza, as orquídeas normalmente estão embaixo das copas das árvores, isso indica que são flores que não gostam de luz solar direta.
Em casa, recomendamos instalá-las em locais de meia sombra, ou seja, espaços que recebem sol no começo da manhã (até as 09 horas) e no final da tarde (depois das 16 horas). Caso deseje fixá-las nos troncos, evite árvores com sombra muito densa, como mangueiras.
02. Regas
As orquídeas sofrem mais com o excesso de água do que pela falta dela. Então, antes de regá-la, recomendamos colocar o dedo no substrato e afundá-lo até 2 centímetros para verificar se ele está molhado, se estiver seco, pode regar a orquídea.
O ideal é manter o vaso sempre úmido, mas nunca encharcado. Para isso, as plantas precisam ser regadas pelo menos 2 vezes por semana no inverno e 3 a 4 vezes no verão. Caso não esteja chovendo muito forte, também é possível deixá-las expostas à chuva.
Existem 2 pontos muito importantes quando falamos na rega das orquídeas. O primeiro é que a rega deve ser feita por cima, deixando a água escorrer totalmente. O segundo é que deve-se utilizar pratinhos embaixo dos vasos, pois o acúmulo de água irá apodrecer as raízes.
03. Adubação
Para a adubação é possível recorrer aos adubos NPK 10-10-10 ou NPK 20-20-20, próprios para orquídeas. Na embalagem, estará para qual fase aquele produto é indicado e qual a quantidade recomendada pelo fabricante.
Caso prefira adubos orgânicos, é possível utilizar farinha de osso, torta de neem e torta de mamona. Outra alternativa, seriam os adubos líquidos, que podem ser adicionados à água e borrifados na parte inferior das folhas.
Independente do produto escolhido, a adubação não deve ser frequente, podendo ser feita de 2 em 2 meses. Por fim, evite adubá-las em época de floração.
Gostou do conteúdo? Nos próximos textos iremos explicar como cultivar as orquídeas em vasos e como montar seu próprio orquidário. Continue nos acompanhando e fique por dentro!
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