O Que é NPK e Como Usá-lo
Se você gosta de cultivar qualquer tipo de planta, certamente já viu a sigla NPK em algum lugar. Talvez tenha curiosidade em saber o que significam essas 3 letras, da mesma forma que eu fiquei quando comecei a ler sobre jardinagem.
Você deve ter percebido que não faz diferença se são apenas alguns vasos, um jardim, uma horta ou uma grande plantação, o NPK estará sempre presente!
Prestando atenção ao rótulo dos fertilizantes, vai perceber que sempre tem essas três letras em destaque. Mas isso não quer dizer que os adubos caseiros não tenham esses componentes. Vamos falar disso também.
Já deve ter percebido que é muito importante saber ao menos o básico sobre esses macronutrientes. Então vamos explicar tudo sobre o NPK, inclusive como ele deve ser usado para manter sua horta e seus vasos sempre vistosos e lindos.
O que é o NPK
O NPK nada mais é do que a sigla de três principais nutrientes que todas as plantas precisam: Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K). Sempre aparecem nesta ordem, em qualquer rótulo ou guias sobre plantas.
Para cada espécie, uma proporção diferente desses elementos deve ser utilizada. Por isso é importante que você sempre pesquise antes de aplicar em suas plantas. Não se preocupe, não é difícil, você vai ver!
É comum vermos referências ao NPK seguidas de três números, separados por um traço. Por exemplo “NPK 10-10-10”. Essa é a proporção de cada nutriente, na mesma ordem sempre (nitrogênio, fósforo e potássio), mesmo que apareçam apenas os números, sem as letras.
O que significam os números
Os números representam o percentual de cada nutriente presente no fertilizante em relação ao seu peso. Um fertilizante 10-10-10 tem 10% de cada um dos elementos. Isso ajuda na hora de comprar ou fazer o seu fertilizante.
Saber a quantidade de nutrientes que você deve aplicar é importante. A necessidade das plantas variam de uma para a outra. Então preste atenção para que tenha sempre um jardim saudável.
Qual a importância do NPK na sua horta
Como é de se imaginar, plantas bem alimentadas são mais bonitas, produtivas e saudáveis. As plantas necessitam de grandes quantidades de nitrogênio, fósforo e potássio para se desenvolver e crescer. Outros nutrientes também são importantes, mas esses três são os mais.
Seu solo pode ser bom e já fornecer o NPK. No entanto, outros vegetais plantados anteriormente podem ter consumido parte dos nutrientes. Nesse caso você precisa repor o que está faltando. É aí que entram os fertilizantes ou adubo!
Classificação dos nutrientes
Para entender o papel do NPK na vida das plantas, é preciso entender um pouco sobre os nutrientes, de uma forma geral. Sim, pois os vegetais não precisam só desses três nutrientes.
Podemos dividir os nutrientes principais em dois grupos: os macronutrientes e os micronutrientes. Eles estão presentes em todo o ciclo de vida da planta. Em todas as etapas, desde o estágio inicial da germinação até a reprodução, os diversos nutrientes são importantes, em maior ou menor quantidade.
Macronutrientes
São assim chamados porque a quantidade necessária é muito maior que a dos outros elementos. Eles são essenciais para a saúde e desenvolvimento da planta.
Resumidamente, os macronutrientes e suas funções estão listados abaixo:
- Nitrogênio (N) –
- Fósforo (P) –
- Potássio (K) –
- Enxofre (S) –
- Cálcio (Ca)
- Magnésio (Mg)
Sei que a curiosidade deve estar apertando, mas vamos explicar a importância de cada um desses elementos mais para a frente.
Micronutrientes
Micronutrientes são aqueles que são também necessários, porém em quantidade bem menor. Existem muitos, mas entre os principais estão os listados abaixo.
- Zinco (Zn) – O zinco é essencial para a síntese de proteínas, maturação precoce das plantas, produção de grãos e sementes e desenvolvimento das partes florais.
- Cobre (Cu) – Tem função relevante na fotossíntese, na respiração, na fixação e redução de nitrogênio, que acontece nas raízes de leguminosas, no interior dos nódulos.
- Manganês (Mn) – Tem participação no metabolismo energético e atua na síntese de clorofila.
- Ferro (Fe) – Age na fixação do nitrogênio e no desenvolvimento de raízes e do tronco, é essencial ao metabolismo energético da planta.
- Boro (B) – O Boro atua na formação da parede celular, divisão celular e no movimento da seiva. Ele age no metabolismo de carboidratos e transportes de açúcares através de membranas.
- Cloro (Cl) – Participa da fotossíntese, além de estar ligado ao metabolismo da água e à transpiração das plantas.
- Molibdênio (Mo) – Tem relevante participação na fixação de nitrogênio pelas bactérias (quando se trata de leguminosas).
Esses são os micronutrientes considerados essenciais. No entanto há mais alguns, que são considerados benéficos (na dose certa, obviamente):
- Cobalto (Co)
- Silício (Si)
- Sódio (Na)
- Níquel (Ni)
A concentração de cada nutriente depende do tipo de cultura e da qualidade do solo. Para uso caseiro, geralmente analisamos a situação da planta. Principalmente as que estão em vasos.
Você vai encontrar fertilizantes à venda com diversas misturas e concentrações de nutrientes. Sabendo a utilidade de cada um facilita a sua escolha.
Para que serve cada elemento do NPK
Se você vai plantar vegetais com folhas, por exemplo, deve usar um fertilizante com mais nitrogênio, que estimula o crescimento de folhas. Já se for cultivar flores, seu solo precisará ter fósforo, para estimular o crescimento das flores.
Abaixo vamos abordar cada um desses elementos. Assim você vai entender melhor as utilidades do NPK na sua horta.
Nitrogênio (N)
O nitrogênio é necessário para o crescimento das folhas e é o principal responsável por tornar as plantas mais verdes. Ele ajuda as plantas a produzir as proteínas necessárias para a produção de novos tecidos, principalmente das folhas.
O excesso desse nutriente pode fazer com que a planta cresça muito, mas não produzirá tantos frutos ou flores como esperado. Isso se a planta produzir algo além das folhas.
Como o nitrogênio geralmente é escasso na natureza, as plantas evoluíram de forma a absorver o máximo de hidrogênio possível. Este é o motivo de darmos a elas apenas o nitrogênio que precisam.
A falta de nitrogênio pode fazer com que as folhas fiquem amarelas ou verdes claras.
Fósforo (P)
Além de ajudar as plantas a criarem botões, flores, produzir sementes e frutos, o fósforo auxilia as plantas a usar outros nutrientes com mais eficiência. Esse elemento também ajuda a transformar a energia do sol em energia que as plantas precisam para viver.
Potássio (K)
O potássio é também muito importante. Ele é responsável pelo vigor das plantas. Ajuda no combate de doenças e torna as plantas mais resistentes a temperaturas extremas. Auxilia também na produção de carboidratos.
Baixo teor de potássio no solo pode deixar as plantas com folhas e frutos atrofiados e com rendimento mais baixo. Também ficam extremamente sensíveis à seca.
A maioria dos solos já tem potássio em sua composição, então o fertilizante pode ter uma proporção menor deste elemento.
Outros macronutrientes importantes
Além do nitrogênio, fósforo e potássio, há outros macronutrientes também importantes. Talvez não sejam essenciais como o NPK, mas nem por isso deixam de ter a sua relevância. Por esse motivo, você encontrará fertilizantes com quantidades menores dos demais nutrientes.
Entre estes outros nutrientes, podemos citar os três mais importantes:
- Magnésio (Mg) – Auxilia na formação de sementes, regula a absorção de nutrientes e contribui para a coloração verde escura das folhas. Ele é importantíssimo para uma boa fotossíntese, pois é o formador da clorofila.
- Cálcio (Ca) – Outro nutriente que promove o vigor geral da planta. Auxilia no transporte de materiais, além de ajudar no crescimento de brotos e de raízes.
- Enxofre (S) – Parte de vários componentes das células. Esse é o elemento que mantém a coloração verde escura da planta. O enxofre contribui para o vigoroso crescimento da planta.
O que são fertilizantes completos, incompletos e balanceados
Essa classificação é simples de entender e é importante conhecer. Vejamos:
- Fertilizantes incompletos são os que não tem em sua composição um ou dois dos três principais nutrientes (NPK). Um exemplo seria um fertilizante 12-0-12 ou 15-0-0.
- Fertilizantes balanceados são os que contêm quantidades iguais de NPK, como o 20-20-20 ou o 10-10-10. Como as plantas geralmente não usam a mesma quantidade dos nutrientes, e como seu solo pode não precisar de um ou dois desses nutrientes, talvez o fertilizante balanceado não seja a melhor escolha.
- Fertilizantes completos são os que contêm um pouco de cada elemento, mas não em quantidades iguais. Um fertilizante NPK 04-14-08 é completo, pois tem todos os elementos, mesmo que a quantidade não seja igual.
Algumas proporções comuns de NPK em fertilizantes
A proporção de cada nutriente depende de vários fatores, entre eles a qualidade do solo e as necessidades das plantas. Não há como indicar uma proporção para todas as plantações da mesma cultura.
Porém, se você está cuidando do seu jardim ou vasos, a história muda um pouco. Afinal, poucas pessoas fariam análise do solo para uma produção caseira, como pequenas hortas, por exemplo.
Desta forma, citamos abaixo algumas proporções que são comuns em fertilizantes prontos. Assim você vai poder escolher o que for mais apropriado para o seu caso.
- NPK 10-10-10 Pode ser aplicado em flores, folhagens, frutíferas, hortaliças e gramíneas. É mais indicada para plantas já formadas.
- NPK 20-20-20 por ter alta concentração, essa fórmula é recomendada para plantas de grande porte.
- NPK 25-25-25 É uma formulação forte, geralmente indicada para culturas hidropônicas.
- NPK 04-14-08 Graças à maior concentração de potássio, estimula a produção de frutos e flores. Por este motivo, é mais indicado para árvores floríferas e frutíferas.
- NPK 20-10-10 e NPK 20-05-20 Essa fórmula é mais usada para as gramíneas, a alta concentração de nitrogênio favorece o crescimento das folhas.
Para aplicação em lavouras, recomenda-se o estudo do solo e o acompanhamento de um profissional da área. Já para uso doméstico, compre o fertilizante em lojas especializadas e consulte o vendedor, se possível.
Conclusão
Lembre que você pode também utilizar adubos orgânicos, produzidos por você, como o húmus de minhoca. Ou então pode fazer compostagem em casa, reaproveitando resíduos da cozinha, principalmente.
O que importa é estarmos atentos às necessidades de nossas plantas e, sempre que possível, consultarmos alguém mais experiente. Com o tempo você vai pegando o jeito e logo estará ensinando os outros!
Você já usou fertilizantes ou adubo orgânico? Conte-nos como foi sua experiência. Certamente ajudará quem ler esse artigo!
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